Thursday, September 16, 2004

Supremacia (“The Bourne Supremacy”)

Realizador: Paul Greengrass
Intérpretes: Matt Damon, Joan Allen, Brian Cox, Franka Potente, Julia Stiles, Karl Urban, Oksana Akinshina
Classificação: ****

O personagem do ex-agente da CIA com amnésia está de volta. No final de “Entidade Desconhecida” tinha-se retirado de circulação procurando tentar resolver o mistério do seu passado. Agora encontramo-lo a viver na Índia com a sua namorada, Marie. Entretanto na Alemanha num negócio supervisionado pela CIA algo corre mal e o nome Jason Bourne torna a vir à superfície, desencadeando uma série de acontecimentos que vão trazer o herói de novo à acção.

Trata-se de mais um filme de acção bastante semelhante em género ao primeiro filme da série. Em termos de história esta já não traz tanta novidade, mas é suficiente para manter um bom ritmo ao longo de todo o filme. O personagem é bastante interessante e em termos de desenvolvimento tem muito pano para mangas. Neste filme, dá-se maior prioridade à acção e o resultado é positivo.
Em termos de realização algumas das cenas são filmadas de forma bastante mexida, com a câmara a mover-se bastante seguindo a luta dos personagens. Pode ser um método inovador, mas sinceramente não me parece que traga melhores resultados em termos visuais.
Um dos pontos altos do filme talvez seja a perseguição automóvel, que começa de forma regular, mas evolui para uma “dança” complexa de carros num crescendo de tensão e habilidade automobilística (com alguns exageros aceitáveis, como seria natural num filme deste género). Mas neste caso não temos uma competição entre últimos modelos do mundo automóvel, mas sim entre velharias com muitos anos em cima. Em contrapartida, um dos pontos baixos, é numa determinada altura do filme este arranjar uma solução extremamente previsível.

Matt Damon encarna novamente o herói e fá-lo de forma bastante eficiente, encaixando-se no personagem de maneira bastante credível. Os restantes personagens são algo secundários, destacando-se talvez Joan Allen como agente da CIA a investigar o caso, e Brian Cox. Os restantes secundários estão basicamente de passagem.
A banda sonora é moderna e agradável, bastante na onda da do filme anterior.

Para quem conhece os livros em que supostamente os dois filmes se baseiam tenho desde já que avisar, se no primeiro filme as semelhanças já eram poucas então agora qualquer semelhança é quase pura coincidência. A história é totalmente original face a qualquer um dos livros.

Em resumo, como filme de acção o produto final é positivo e garante um período bem passado. Não sendo espectacular vê-se muito bem, tendo no entanto de se ter em conta que a história não é muito elaborada.
Vale a pena.

Conceição Vences Leal

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